terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Das trevas, coração

Sussurro
Um labirinto
Sinto tonto.. desvalido
Arf.. arf
Ar fresco falta
Suspiro pesado
Cambaleando
Segue trôpego o corpo irrumo
Errado o prumo
Assumo bêbado
O sumo bebido
Do sabido livro
Jamais lido

As contas que deve
Os prazos que perde
Dinheiros que despede
Caminhos que ignora
A pressa de outrora
Pesa a idade e apavora
Conta com os lábios
Cada segundo preso
O que na mente entende
Como a redenção
Despreza o tempo
Que agora, há pouco, há um tempo, já foi

Do escuro
Gruta turva da existência
Em todo mito e fantasia
Esconde o ouro que não brilha
Pra não perdê-lo e o perde
Os olhos sob o dia
O impedem, cegos
Lá deixou o que agora é
Nas trevas, o coração
Das trevas, coração

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